quinta-feira, 11 de julho de 2024

A LUNETA ÂMBAR #16

CAPÍTULO 16: A NAVE DA INTENÇÃO

Sra. Coulter, que está amarrada a uma cadeira na torre adamantina, grita perguntando onde está sua filha e diz que Lyra estava segura com ela. Lorde Asriel entrega uma ordem a um soldado que estava ali perto. O soldado bate continência e sai apressado. Lorde Asriel se vira para Sra. Coulter e diz que Lyra não interessa para ele. Ele chama Lyra de miserável e diz que não pode desperdiçar seus recursos com ela e, se ela se recusa a ser ajudada, que arque com as consequências.

Sra. Coulter começa a defender Lyra, dizendo que ela é esperta, corajosa, generosa, carinhosa e singular. Lorde Asriel só coloca defeitos: impulsiva, desonesta, ambiciosa. Além disso, diz que Marisa Coulter tem razão, ela é singular por ter conseguido amolecê-la, tirado seu veneno. A agente impiedosa da igreja, a perseguidora de crianças, foi transformada por uma pirralha insolente, malcriada e ignorante. Lorde Asriel ameaça amordaçá-la se Marisa não ficar quieta, e ela cospe na cara de Lorde Asriel. Sra. Coulter diz para ele desamarrá-la, senão irá obrigá-lo a amordaçá-la. Lorde Asriel pega o lenço para amordaçá-la, mas Sra. Coulter implora que ele não a humilhe. Lorde Asriel desamarra Sra. Coulter, que vai se lavar em um pequeno aposento ao lado.

O rei Ogunwe e Lorde Roke chegam acompanhados de um anjo chamado Xaphania, que era de uma hierarquia muito mais alta que Baruch ou Balthamos. O rei Ogunwe relata a Lorde Asriel o que aconteceu: "Matamos 17 guardas suíços e destruímos dois zepelins. Perdemos cinco homens e um giróptero. A menina e o menino fugiram. Capturamos a Sra. Coulter...". Lorde Roke relata que a menina e o menino estão em outro mundo, em segurança. Que a faca foi quebrada, mas já foi consertada por um urso do norte e que seus espiões estão com eles. Relata também que, enquanto o menino estiver com a faca, não podem fazer nada. Se o matassem enquanto estivesse dormindo, a faca seria inútil. Por enquanto, os espiões vão com eles para onde forem, de modo que pelo menos saibam onde estão.

O rei Ogunwe questiona Lorde Asriel se Sra. Coulter faz parte do conselho; senão, ela deveria ser levada para outro lugar. Lorde Asriel diz que ela é prisioneira e convidada e, na qualidade de ex-agente da igreja, pode ter informações úteis. Lorde Roke questiona se ela revelará por livre e espontânea vontade ou se precisará ser torturada. Sra. Coulter diz que pode ajudar, que ela é a pessoa que esteve mais próxima do coração do Magisterium que eles podem encontrar. Ela sabe como eles pensam e pode prever como vão agir. Ela disse que podem confiar nela porque o Magisterium quer matar sua filha e ela quer salvá-la, por isso se tornou inimiga deles. Ela diz que salvou Lyra por três vezes: a primeira, quando foi à Faculdade Jordan e levou Lyra para morar com ela; a segunda, em Bolvangar, quando a encontrou sob a lâmina; a terceira, quando tomou conhecimento da profecia, levou Lyra para um lugar onde a manteve a salvo e pretendia ficar. Ela diz que foi obrigada a drogar Lyra para que ela não fugisse. Ela consegue convencê-los e eles deixam-na ficar ali.

Depois de algumas discussões, eles decidem ir até o arsenal e testar a nave da intenção. Lorde Asriel solta o macaco dourado que estava preso por correntes. No caminho, Sra. Coulter começa a fazer perguntas, primeiro para Xaphania. Perguntou se ela é um dos anjos que se rebelaram há muito tempo. Ela respondeu que sim e que agora prestou juramento de lealdade a Lorde Asriel porque vê em sua empreitada a melhor possibilidade de destruir a tirania. Sra. Coulter pergunta: "E se fracassarem?" Xaphania responde que todos serão destruídos e a crueldade reinará para sempre.

Depois, Sra. Coulter começa a perguntar ao rei Ogunwe de onde vem Lorde Roke e sobre os anjos. O rei Ogunwe diz que essas perguntas são coisas que um espião gostaria de saber. Sra. Coulter diz que é uma prisioneira e não pode fugir, que é inofensiva e pode confiar em sua palavra. Ela pergunta o que Lorde Asriel pretende fazer e o rei Ogunwe diz que foram para aquele mundo porque ele é vazio, foram para lá para construir. Querem um mundo sem reinos.

Eles entraram em um trem e andaram por cerca de 15 minutos dentro da montanha até chegarem ao arsenal. Lá, avistaram, em uma das portas gigantescas, homens puxando alguma coisa coberta por um oleado. O rei Ogunwe explica a Sra. Coulter que aquilo é a nave da intenção e eles vão ver como funciona. Lorde Asriel saltou para o assento da nave, prendendo um cinturão de couro sobre a cintura e colocando um capacete na cabeça. A nave da intenção se moveu, várias de suas peças estavam girando e, de repente, a nave da intenção desapareceu. De alguma forma, tinha saltado para o ar. Estava pairando acima deles.

No silêncio, Sra. Coulter pôde ouvir o barulho dos motores de girópteros. O rei diz que são chamarizes com o objetivo de levar inimigos a segui-los. Um grupo de seis girópteros voava em alta velocidade em direção à montanha, um deles aparentemente com problemas. Atrás deles, vinha uma variada coleção de objetos voadores. O rei Ogunwe definiu como um ataque aéreo. Eles estavam se aproximando dos girópteros. Um dos objetos voadores atirou um projétil em direção ao giróptero danificado, mas antes de atingir seu alvo, um clarão saiu da nave da intenção e fez com que o projétil explodisse. Depois, uma série de clarões acertou um objeto voador, fazendo com que ele também explodisse.

Sra. Coulter pensa em se oferecer para trabalhar como espiã de Lorde Asriel no Tribunal Consistorial de Disciplina. A nave da intenção desce novamente para o solo e Sra. Coulter pergunta como ela funciona. Lorde Asriel diz que funciona com as suas intenções: se você tenciona que se mova para a frente, ela se moverá. Sra. Coulter diz que isso não é resposta e pergunta que tipo de motor é e como voa, e diz que os controles são quase iguais aos de um giróptero. Lorde Asriel resolve contar como funciona a nave e, depois que ele contou, Sra. Coulter o empurra e sobe na nave para fugir. Enquanto a nave ficou parada por alguns momentos, porque ela não tinha perfeito domínio dos controles, Lorde Asriel se levantou, impediu que o rei Ogunwe ordenasse que os soldados atirassem na nave e disse para Lorde Roke subir na nave e acompanhar Sra. Coulter. Um momento depois, a nave começa a se mover e desaparece.

O rei Ogunwe pergunta se Lorde Asriel não vai persegui-la e ele diz que não, porque não quer destruir uma nave em perfeitas condições. O rei Ogunwe pergunta se ele acha que ela vai procurar por Lyra. Lorde Asriel diz: "Ela vai entregar a nave como prova de boa-fé ao Tribunal Consistorial e vai ficar espionando. Será nossa espiã. Logo descobrirá onde Lyra está e nós a seguiremos". Os dois voltam para a oficina, onde um modelo mais novo e mais avançado da nave da intenção aguardava para ser inspecionado por eles.

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