quinta-feira, 27 de junho de 2024

A LUNETA ÂMBAR #9

CAPÍTULO 9: RIO ACIMA

No navio, Iorek Byrnison pede para ver a faca. Ele diz que entende de metal e que nada feito de ferro ou aço é mistério para um urso, mas nunca havia visto uma faca como aquela e queria examiná-la. Iorek examina, vira a faca de um lado para o outro, aponta para um gume e diz que aquele é o gume que Will usou para cortar a armadura dele. O outro gume é muito estranho; não sabe dizer o que é, como funciona, o que é capaz de fazer ou como foi feito.

Iorek pergunta a Will como a faca foi parar em suas mãos. Will conta o que aconteceu, menos as coisas que diziam respeito a ele: sua mãe, o homem que tinha matado, seu pai. Will disse que o homem que lhe deu a faca disse que ele deve usá-la numa guerra, combatendo ao lado de Lorde Asriel, mas primeiro precisa salvar Lyra. Iorek diz que os ursos vão ajudá-lo. Will descobre por que os ursos estão viajando para tão longe de sua terra natal. Desde a catástrofe que havia aberto os mundos, todo o gelo do Ártico começou a derreter. Uma vez que os ursos dependiam do gelo e dos seres que viviam no mar gelado, concluíram que logo estariam passando fome se ficassem onde estavam. Então, decidiram migrar para onde houvesse gelo e neve em abundância; não estavam em guerra, como Will estava pensando.

Will pergunta de que lado Iorek lutaria caso uma guerra acontecesse. Iorek diz que faria o que fosse melhor para os ursos e depois o que fosse melhor para as poucas pessoas que ele tem alguma estima: Lyra da Língua Mágica, a feiticeira Serafina Pekkala ou vingasse a morte de seu amigo Lee Scoresby.

Os dias passam. Iorek examina novamente a faca e pergunta para Will sobre o outro gume. Will diz que não pode mostrar agora porque o navio está em movimento; mostrará assim que o navio parar. Iorek diz que já imagina o que é, mas não consegue compreender o que está pensando; é a coisa mais estranha que já viu. Um dos ursos pergunta a Iorek o que eles vão caçar nas montanhas e como viverão por lá. Iorek diz que existe neve e gelo e que eles se sentirão confortáveis. Existem animais selvagens em abundância. Disse também que suas vidas serão diferentes por um tempo, mas vão sobreviver, e quando as coisas voltarem a ser como devem e o Ártico congelar de novo, eles ainda estarão vivos para voltar e retomá-lo.

O navio chega a um ponto onde não pode mais navegar, pois a profundidade do rio não permite. Então, os ursos desembarcam. Iorek pede para que os ursos marquem bem o vale onde estão para que se encontrem quando voltarem. Daí, cada urso seguiu seu caminho. Iorek foi com Will atrás de Lyra. No caminho, Will mostra a Iorek como o outro gume da faca funciona. Abriu uma janela, e Iorek olhou, cheirou e entrou. Quando voltou, viu Will fechar a janela e apenas disse: "Eu estava certo, não teria podido lutar contra isso". Seguiram caminho, falando pouco.

Chegaram a uma aldeia. Will trocou uma de suas moedas de ouro por um pouco de comida e roupas quentes, pois estava ficando frio à noite. Também conseguiu perguntar sobre o vale do arco-íris; ficava a mais de três dias de distância. Estavam chegando lá, mas outros também estavam. O grupo armado enviado por Lorde Asriel havia alcançado a abertura entre os mundos. A espiã Lady Salmakia conta que o Tribunal Consistorial descobriu exatamente onde Lyra estava e que Lorde Asriel enviou tropas para resgatá-la. O Tribunal convocou uma frota de zepelins e um batalhão de guardas da Suíça começou a embarcar. Quem quer que se apoderasse de Lyra primeiro teria que lutar contra o exército adversário. Seria uma tarefa mais fácil para o Tribunal Consistorial, porque não tinham que se preocupar em retirar Lyra em segurança; estavam voando até lá para matá-la.

O Cavaleiro Tialys e Lady Salmakia receberam ordens para entrarem escondidos no zepelim que transportava o Presidente do Tribunal Consistorial e, quando chegassem no vale, deveriam abandonar o grupo e encontrar um meio de chegar à caverna onde Lyra estava e protegê-la até que as forças do Rei Ogunwe chegassem para resgatá-la. Eles conseguem entrar no zepelim.

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