terça-feira, 2 de julho de 2024

A LUNETA ÂMBAR #12

CAPÍTULO 12: A QUEBRA

Will e Ama se aproximam da caverna e Will abre uma janela. Eles passam pela janela e entram em um mundo deserto e rochoso, onde a lua brilhava forte. Will percebeu um problema: quando ele abrisse a janela na caverna da Sra. Coulter, o luar intenso ia brilhar como uma lanterna. Teria que abri-la rapidamente, puxar Lyra para o outro mundo e fechá-la imediatamente. 

Will diz para Ama que eles têm que agir rápido e sem fazer nenhum barulho. Will abre a janela, vê a Sra. Coulter dormindo com seu macaco dourado ao lado, mas não encontra Lyra no lugar onde ela estava. Will diz para Ama que a mulher mudou Lyra de lugar e que ele vai ter que atravessar a janela para procurá-la, e depois cortará outra janela assim que tiver encontrado. Ama diz para Will que eles devem atravessar juntos, porque só ela sabe como acordar Lyra e ela conhece a caverna melhor do que Will. Will concorda e eles atravessam.

Na caverna, eles avistam Lyra dormindo próximo à Sra. Coulter. Tentam chegar perto, mas as luzes e o som dos zepelins se aproximando ficavam cada vez mais altos. Will teria que se aproximar, cortar uma abertura, puxar Lyra por ela e fechar de novo o quanto antes. Quando Will estava pronto para agir, a Sra. Coulter acorda. Ela e seu macaco dourado ficaram escondidos na entrada da caverna observando os zepelins. Enquanto isso, Will se aproxima de Lyra e, quando foi cortar uma abertura para levá-la para outro mundo, ele olhou para o rosto da Sra. Coulter, que havia se virado para trás. Mas não era mais o rosto dela; era o rosto da mãe dele, censurando-o, e seu coração tremeu de dor. Então, quando ele golpeou com a faca, sua mente devaneou e, com uma torção e um estalo, a faca caiu em pedaços no chão. Estava quebrada. Agora ele não poderia mais abrir uma abertura para sair.

Will manda Ama acordar Lyra e se levantou para lutar com o macaco e a Sra. Coulter, mas uma pistola nas mãos da Sra. Coulter impediu a luta. Ama estava acordando Lyra com o remédio e, do lado de fora da caverna, uma tempestade de tiros e explosões acontecia. Will vasculhava o chão da caverna e juntou os pedaços da faca; ao todo, foram sete pedaços. A essa altura, os dois lados (zepelins e girópteros) já tinham desembarcado tropas. Alguns tinham sido mortos e vários estavam feridos, mas nenhuma das duas forças havia alcançado a caverna; o poder ali dentro estava nas mãos da Sra. Coulter. 

Will pergunta à Sra. Coulter o que ela vai fazer. Ela diz que vai manter eles prisioneiros. Lyra acorda e Will conta tudo o que está acontecendo. Enquanto isso, a Sra. Coulter acompanhava pela entrada da caverna tudo o que estava acontecendo lá fora. De repente, a Sra. Coulter gritou e abaixou-se para segurar o tornozelo. O macaco dourado agarrou alguma coisa no ar e uma voz de mulher, mas de uma forma minúscula, veio das garras do macaco: "Tialys! Tialys!" Era uma mulher minúscula, não maior que a mão de Lyra, e o macaco já estava puxando um dos braços, de modo que ela gritava de dor. 

A Sra. Coulter deixou a arma cair e Will a pegou. A Sra. Coulter ficou imóvel; o rosto dela estava contorcido de dor e de fúria, mas ela não ousava se mexer, porque de pé sobre seu ombro estava um homem minúsculo, com o calcanhar pressionado contra o seu pescoço. Will viu naquele calcanhar uma reluzente espora de chifre e soube o que a fizera gritar momentos antes. Mas o homenzinho não podia mais ferir a Sra. Coulter por causa do perigo que sua companheira corria nas mãos do macaco. E o macaco não podia machucar a mulher, caso contrário o homem enfiaria sua espora envenenada na veia jugular da Sra. Coulter. Respirando fundo, a Sra. Coulter virou os olhos cheios de lágrima para Will e disse: "Então, Mestre Will, o que acha que devemos fazer agora?"

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